Para apoiar as equipas municipais no processo de elaboração de PEMCE, instrumentos que se consideram fundamentais para colocar, consistentemente, a articulação Cultura-Educação no centro das políticas à escala municipal, o PolObs concebeu uma metodologia que integra quatro fases.
Diagnóstico Externo – o diagnóstico das dinâmicas culturais municipais deve ser efetuado por uma equipa independente e externa à autarquia, preferencialmente em colaboração com uma instituição de ensino superior ou centro de investigação, reforçando os aspetos relacionados com a isenção, imparcialidade e rigor científico obrigatórios para um diagnóstico consistente e consequente.
Laboratório Cidadão – utilizando uma metodologia ativa, colaborativa e participativa, o PolObs concebeu e coordena cientificamente o 2CN-CLab, um laboratório cidadão que fomenta, potencia e capacita o diálogo em rede nos territórios, concorrendo para o efetivo e consequente envolvimento e participação qualificada das comunidades locais no processo de elaboração do PEMCE.
Governança da Cultura – no processo de passagem da conceção para a implementação do PEMCE deve ser dada particular atenção à definição de marcos políticos, institucionais e normativos que respondam positivamente às necessidades do território, sendo que, apesar da responsabilidade última ser do executivo municipal, é fundamental que sejam aplicados modelos de governança multiagentes, transversal e multinível.
Participação Cidadã – o envolvimento dos cidadãos no processo de implementação do PEMCE deve ser salvaguardado por instrumentos, mecanismos e espaços que efetivamente potenciem a participação ativa, voluntária e qualificada das comunidades locais nos processos de tomada de decisão, nomeadamente no que se refere à monitorização, revisão e avaliação do PEMCE.
Conjugando uma abordagem qualitativa com uma abordagem quantitativa, a metodologia concebida pelo PolObs, que integra técnicas e instrumentos diversificados, inspirou-se, nomeadamente, em experiências nacionais e internacionais que privilegiam processos colaborativos e participativos, visando, desta forma, envolver, efetivamente, todos os interessados num processo que ser quer coerente, consistente e consequente, convocando não só os protagonistas do ecossistema cultural do território, mas também outras áreas do desenvolvimento sustentável dos territórios (e.g. ambiental, económica, social) e de intervenção dos municípios (e.g. educação, mobilidade, saúde, urbanismo).
Produto de uma cuidada revisão de literatura e validada científica e tecnicamente, esta é uma estratégia metodológica com grande flexibilidade que ao mesmo tempo permite replicabilidade e subsequente realização de análises comparativas entre estudos semelhantes.